A ARTE MODERNA E A MEDIAÇÃO DOCENTE NA ESCOLA
VERA MELIM
É no estudo investigativo sobre os fundamentos teóricos da pintura moderna, na história da arte e através de visualizações teórico prática - ou seja, leitura de imagens e prática orientada - que os acadêmicos do curso de licenciatura em Artes Visuais UNIPLAC, preparam-se para mediar esses conhecimentos na escola. Emoção e expressionismo na pintura, compreende-se , também no exercício do fazer. Não há padrões estéticos, formais ou técnicos que exijam seguimento rígido. São os primeiros passos para a “livre expressão”, ainda que atrelada a determinados conceitos que determinam o que é ou não, Arte Moderna.
A pintura nesse período da linha do tempo, que no Brasil tem inicio na década de 1910 e concretiza-se no marco - ainda que discutível - da Semana de 22, dá margem ao artista para criar suas próprias técnicas; investigar seus próprios assuntos e expor seu ponto de vista sobre as coisas que considera mais significativas. Sejam de âmbito pessoal, social, regional ou mundial.
A liberdade técnica permite a ênfase na expressão do sentimento. O Artista não mais necessita fazer uso das cores reais das figuras originais e, principalmente assume “a representação” das coisas e não mais a busca da identificação com a realidade tal como ela é. Antes cumprindo esse papel, agora estaria invadindo o campo da fotografia que avançou tecnologicamente e cumpre em menor tempo essa função. “Quero pintar e não fotografar” é um dos pensamentos que norteiam as produções artísticas modernas. Se quer falar de tristeza, pinta com cores que psicologicamente causam esse efeito: frias, cinzentas e manchadas. Distorce as formas originais e desestrutura as composições “técnicamente corretas”. Se quer expressar sua indignação diante dos caos social, pobreza ou guerras, fragmenta e esquarteja as figuras
A busca e o encontro com um traço pessoal, uma identidade artística marca esse período, o que propicia a profusão de estilos que caracterizam o modernismo. Para compreendê-lo, não é possível esquecer seus antecedentes e sua importância nas transformações que deram origem à arte de hoje, que chamamos Arte Contemporânea.